9 de novembro de 2010

Sindeiros do RN se reunem no Lula

DOADORAS 2
O grupo de criadores e selecionadores de Sindi do Rio Grande do Norte – Sindi do RN – reune-se às 20 horas de hoje no tradicional Restaurante do Lula, na Av. Xavier da Silveira para discutir ações e posturas visando o fortalecimento e aprimoramento da raça diante dos novos desafios que se apresentam no cenário da pecuária nacional.
Além de fazer um balanço da participação dos rebanhos Sindi do RN na última exposição e leilão nacional da raça, o grupo pretende discutir e definir sa bases para a fundação do Núcleo do Sindi do RN, vinculado a ABCSindi, passo importante que servirá para fomentar e divulgar, ainda mais, o trabalho e os resultados demonstrados pelo Sindi nos criatórios do RN.
Também fará parte da pauta a discussão da criação de um selo de qualidade e certificação para animais do plantel do estado que efetivamente demonstrem atributos e qualidades a partir de avaliações zootécnicas. Esses animais avaliados positivamente receberão então o Selo Sindi RN que será um atestado de garantia de suas qualidades diferenciadas. Para tanto, o grupo pretende implementar com agilidade um projeto de melhoria nos rebanhos do Estado e para isto pretende, já em 2011, por em prática um amplo programa conduzido por profissionais da área de melhoramento animal, buscando o necessário apoio e parceria de instituições do porte da ABCZ, Embrapa, Emparn e do próprio Ministério da Agricultura.
Esses são apenas alguns dos assuntos que estão na pauta, mas certamente o entrosamento e a vontade de contribuir com os avanços da raça irão predominar e, com certeza, outros temas, sugestões e colaboraões serã postas à mesa para a consilidação do Sindi do RN e do avanço da raça como um todo.
Então, fica o convite a todos os Sindeiros. Hoje, 20 horas no Restaurante do Lula o assunto é Sindi e seus novos caminhos.      

8 de novembro de 2010

Um bom exemplo!!!!!!

Alguma iniciativas merecem o reconehcimento e merecem ser seguidas como bons exemplos de divulgação e ferramenta de convencimento.

Esta, a seguir, é sem dúvidas uma delas. Parabéns ao Sindi do ACS e que nos sirva de inspiração. Curtam!!!!!!

Crédito: Sindi do ACS / www.youtube.com.br

Manelito Vilar falando de Sindi

 

Para quem ainda não leu, reeditamos a matéria da entrevista do criador Manelito Vilar concedida a Revista da ABCZ no ano de 2004, destacando os trechos onde o Sindi é o assunto. Nesta época, o Sindi deixava os currais das fazendas e começava a sua caminhada rumo ao lugar de destaque que hoje ocupa em nossa pecuária, fato marcado pela realização da 1ª Exposição Nacional Sindi e do seu primero leilão nacional. Vale a pena reler, refletir e por em prática os ensinamentos do grande sertanejo, autêntico e original criador de gados, de sonhos e de  resultados.

Boa leitura!!!

”SomManelito Vilar 1ente um sertanejo legítimo, que aposta na pecuária como a melhor maneira para viabilizar uma vida digna ao povo do sertão, poderia falar com propriedade sobre a importância do gado zebuíno para o desenvolvimento do Nordeste brasileiro. É devido às raízes do sertão, que o criador e engenheiro Manoel Dantas Vilar Filho, procura manter-se fiel às possibilidades que a terra do Nordeste oferece a quem se dispõe a respeitá-las, conservando suas características naturais.

Ele alia qualidade e altos índices de produção em uma região onde as dificuldades climáticas poderiam ser um empecilho a qualquer tipo de atividade agropecuária. Entusiasta e criador da raça sindi, Dr. Manelito como é conhecido entre os amigos cria-dores, procura valorizar nessa raça rústica não só sua vocação leiteira milenar, como também a pos-sibilidade de investimentos na boa aptidão para corte. Para manter o lema de balde sempre cheio, as fazendas Carnaúba e Pau Leite, ambas localizadas no estado da Paraíba, contam com boas matrizes e reprodutores, entre os quais se destacam as vacas Mabiroba-D e Parafina-D e os touros Iaque-D e Danúbio-FC, este último, recordista nacional na avaliação genética da Embrapa Gado de Leite. Salientando a vocação nordestina, o criador investe também na criação de guzerá e ainda em ovinos e caprinos.

Nesta entrevista ele fala sobre a crença no gado vermelho, o trabalho diário como criador e a abertura de mercado para a raça – em 2005, o sindi contou com a realização da sua primeira feira única no Brasil, a ExpoSindi realizada em outubro, além do primeiro leilão composto apenas de exemplares sindi, com cerca de 60 bovinos registrados colocados à venda e faturamento total de R$259.840,00.

E é com a habilidade de quem se dedica há mais de três décadas ao gado vermelho, mais exatamente na região do Cariri Velho, no município de Taperoá, que seu Manelito concedeu esta entrevista à revista ABCZ.

Revista ABCZ: O senhor é engenheiro por formação. Porque decidiu se dedicar à pecuária?

Manelito Vilar: Sou engenheiro civil por formação acadêmica. Por natureza e sentimento, sempre fui criador. A dedicação exclusiva à pecuária ocorreu por sucessão súbita de meu pai, há 36 anos. Foi um encargo, mas, também, um reencontro com minhas raízes e minha vocação essencial.

Revista ABCZ: E porque a opção pelo zebu, especificamente pelo Sindi e o Guzerá?

Manelito Vilar: Minha escolha pelo sindi decorre da minha ligação com as terras secas do Nordeste e da crença radical de que é preciso respeitar a harmonia entre os animais e as latitudes. Meu pai, desde 1934, já criava e ordenhava guzerás de Cantagalo (RJ) e eu me limitei a seguir sua lucidez e sua experiência de vida no Cariri das secas. Com a morte de seu Joãozinho Abreu nos anos 70, simultaneamente à segurança que adquiri no uso dos capins perenes que consegui importar da Austrália, fui buscar outro zebu leiteiro dos pré-desertos da Ásia, temendo que não desse para ficar tudo no Guzerá JA, puro e bom de leite. Se não tiver leite, não é guzerá e nem é sindi. O sindi, de rebanho complementar, já é hoje metade do gado total que eu crio. Há uma dívida nacional de gratidão com José Cezário Castilho, que o preservou no sudoeste de São Paulo e com Felisberto Camargo que foi buscá-lo para produzir na Amazônia, também de clima rigoroso, em 1952.

ABCZ: Como é a forma de criação do sindi em sua propriedade?

Manelito Vilar: No pasto nativo da rica caatinga nordestina em consórcio com área de capim Buffel e Urocloa, na época das chuvas. No segundo semestre seco, as vacas em produção comem feno desses capins, palma forrageira, uréia e discreto suplemento de concentrados nas cocheiras. A ordenha é sistemática para sindis e guzerás, com controle leiteiro e avaliação genética oficiais. Nas secas extremadas, o volumoso utilizado é o bagaço de cana das usinas do litoral, hidrolisado com cal.

ABCZ: O senhor seleciona seus animais para obter dupla função. O sindi tem conquistado bons resultados tanto na produção de leite, quanto de carne?

Manelito Vilar: A conversão alimentar do sindi nos períodos secos, os ossos firmes e finos de sua carcaça, sua vocação leiteira e milenar e a qualidade do seu leite, fazem um conjunto de bons resultados aqui ou no resto do mundo tropical onde se queira definir uma raça apropriada de bovinos, mesmo havendo resistência cultural a modismos ou a promiscuidades genéticas. Quando a produtividade for avaliada não pela produção individual de cada vaca ou peso absoluto de cada boi e sim pela produção no tempo, de cada hectare de terra ocupado com a criação, sob a ótica racional da dupla função – o caminho do Brasil molhado ou seco – a eclética raça sindi será estrelada na constelação pecuária de nosso País. O Brasil é pioneiro mundial na seleção funcional de zebuínos, e se tornou por causa deles, um dos poucos do mundo que criam um bovino por habitante e pode, como ninguém, oferecer a seu povo, proteínas nobres a baixo custo.

ABCZ: O senhor acredita que apostar no sindi é a melhor maneira de viabilizar a pecuária na região semi-árida, uma região pouca valorizada pelo governo e instituições públicas do Brasil?

Manelito Vilar: A pecuária do mundo é majoritariamente praticada nas zonas secas. No semi-árido do Brasil a melhor maneira de viabilizar a vida em padrões decentes, é através da pecuária, à base de elementos biológicos (plantas e animais) compatíveis com seu clima caprichoso e saudável. Já era assim desde antes de Cristo, no sertão de Nazaré, na Galiléia. As nossas instituições públicas, desde as de ensino e pesquisa até as de fomento e crédito rural, nunca assumiram as potencialidades da floresta seca do Nordeste. Escapamos até agora e havemos de continuar vivendo, pela conterraneidade com o filho de Deus e graças à persistência dos sertanejos e suas cabras e ovelhas nativas, suas ervas e leguminosas, suas guzerás e suas sindis.

ABCZ: O pequeno porte do sindi fez com que muitos criadores desacreditassem no potencial da raça. Apesar disso, os criadores da raça exaltam o pequeno porte como uma característica que é diferencial e garante preferência no exterior. Como o senhor avalia essa contradição?

Manelito Vilar: Costumo dizer que se confunde muito o conceito de “volume aparente” com o de “peso específico” ou rendimento. O menor porte do sindi é uma virtude para efeito de precocidade, prolificidade e velocidade de ganho em peso. A longevidade do guzerá é maior. O conjunto das duas raças, rústicas, leiteiras, fisiologicamente perfeitas para a fotossíntese do mundo tropical é fantástico. Sem, contudo, misturar raças, indo contra conceitos básicos da zootecnia. O menor porte do sindi, talvez, esteja relacionado com sua fantástica precocidade e seu rúmen, forjado nos pré-desertos da Ásia, convertendo melhor o material fibroso do mundo tropical cheio de sol, em leite rico e carcaça de ossos finos bem coberta por carne enxuta.

ABCZ: Recentemente, foi realizado o primeiro leilão nacional da raça. Como está a comercialização de sindi no Nordeste? Qual a avaliação do senhor diante os resultados da primeira exposição de gado sindi?

Manelito Vilar: A primeira exposição e os leilões da raça sindi foram episódios marcantes na evolução da verdadeira pecuária do Nordeste. A procura por fêmeas sindi é sufocante. E machos sindis estão cada vez mais sendo usados para absorver lastros mestiços de gado europeu e mesmo de outros zebuínos, cuja fisiologia não se harmoniza tão bem com a nossa natureza. A realidade vai se impondo por si e esses eventos aceleram o processo de sua apreensão. A integração entre o sindi e a ABCZ é valiosa.

ABCZ: A introdução do sindi no Brasil contou com a participação de homens que visionaram na raça uma opção para a seca. Fale um pouco sobre isso.

Manelito Vilar: A introdução do sindi no Nordeste foi devida ao entusiasmo ideológico de Virgolino de Farias Leite (técnico da ABCZ) e a consciência profissional de seu primo, o zootecnista Paulo Roberto de Miranda Leite. Foi algo muito pouco institucional. Houve muito espírito público das pessoas, inclusive algumas da Universidade Federal da Paraíba e, sobretudo, de criadores mais esclarecidos.

ABCZ: A partir deste ano todos os registros genealógicos (RGD e RGN) de animais da raça sindi terão desconto de 50% até o final de julho de 2006. O senhor acredita que essa medida irá ajudar a fortalecer a raça ainda mais no País?

Manelito Vilar: Acredito firmemente. Esse estímulo deveria ser estendido também para os custos das provas zootécnicas do sindi, por um prazo racional.

7 de novembro de 2010

Julgamento VII Exposição Nacional da Raça Sindi

Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee.

Veja no link www.sindi.org.br

6 de novembro de 2010

Sindi na mesa do Rubaiyat

RubaiyatA Rubaiyat, a mais prestigiada e concorrida rede de churrascarias do Brasil, com filiais em outros países, acaba de se render as qualidades da carne do Sindi. Declarando estar impressionado com a conformação do gado Sindi e reconhecendo a qualidade das peças e o marmoreio de sua carne, Belarmino Iglesias – proprietário da empresa e criador exigente - declarou que irá utilizar o Sindi para formar uma linhagem com 37,5% desse zebu destinado ao abate para abstecer as exigentes grelas das suas casas de carnes.  
Vejam o vídeo e bom apetite…
Créditos beef business / www.youtube.com.br

Torneio Leiteiro 2010

E haja leite!!!!!

Durante a VII Exposição Nacional Sindi, mais uma vez, o Sindi deu um verdadeiro show de produção no Torneio Leiteiro da Festa do Boi 2010 – com  aval e certificação pela ABCZ. Além de contar com o número recorde de 23 fêmeas inscritas no torneio, o Gado Vermelho do Paquistão alcançou a impressionante média diária de 14 Kg de leite/dia, com picos de 25 Kg/dia, no caso da matriz Vetusta P, do criador Pombeu Borba – PB – grande campeã do concurso.

O time Sindi produziu em conjunto a média de 320 Kg de leite/dia, com um projeção de 9.600 kg de leite/mês. É produção para sustentar qualquer fazenda! Com este desempenho o Sindo mostrou, mais uma vez, possuir todos os atributos para se firmar definitivamente com a melhor opção para a produção de leite nas duras condições dos trópicos. Sua rusticidsade, precocidade e mansidão, aliadas ao sua inegável e comproavda aptidão leiteira, não deixam mais dúvidas sobre o papel do Sindi no melhoramento dos rebanhos leiteiros.

Confirma abaixo os principais resultados do Concurso Leiteiro Sindi 2010:

FÊMEA JOVEM

1º Prêmio: DUQUESA - 13,295 Kg - Prop: SÉRGIO LINS BORBA * 2º Prêmio: ZAIRA P - 12,467 Kg - Prop: POMPEU BORBA * 3º Prêmio: ALIANÇA DO IGAPÓ - 9,143 Kg - Prop: SÉRGIO LINS BORBA

Fotos históricas de 1962

Fotos históricas

5 de novembro de 2010

Nélio Dias

Nélio Dias

A raça Sindi deve muito a sua trajetória a alguns homens que dedicaram parte de sua vida a preservação e aprimoramento desta milenar raça bovina em terras brasileiras e particularmente no chão seco desafiador do nordeste brasileira.

Neste nosso primeiro perfil da seção “Personagens da Raça” ampliamos este perfil para prestar uma sincera homenagem e um pleito de gratidão ao saudoso criador e selecionador NÉLIO DA SILVEIRA DIAS, um inigualável apaixonado, defensor e da raça Sindi como opção verdadeira para se colher resultados na pecuária praticada nos trópicos secos.

A aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Alinhada do Guaporé

 

VALE A PENA VER DE NOVO!!!!

Reconhecida como uma das melhores matrizes da raça Sindi de todos os tempos, ALINHADA DO GUAPORÉ nasceu da persistência e do olho apurado do saudoso selecionador Nélio Dias, um dos grandes pilares da raça e seu amante e defensor aguerido.

Forjada no semi-árido do RN, em Lages, sopé do Pico do Cabugi, ALINHADA esbanja raça, beleza e muita produtividade, tendo sido Grande Campeã do Concurso Leiteiro da Festa do Boi / Expoisição Nacional da Raça Sindi de 2009.

Vendida no VI Leilão Nacional Sindi pelo valor recorde de 50 mil reais para um condomínio de grandes selecionadores, ALINHADA é hoje doadora e um dos ícones da raça.

Para rever o momento especial de sua venda e se encher os olhos com uma verdadeira representante da raça Sindi, é só assistir o vídeo abaixo. Clique, curta e se emocine.  

O Sindi e sua região de origem


Casal de Sindi - foto de 1952
          Há muita divergência quando à grafia do nome desta raça zebuína. Wallace, em 1888, usou o termo Sindi ao passo que o capitão R. W. Little-Wood escreveu em seu livro de uma forma um pouco mais complicada: Scindh. Os autores modernos de língua inglesa chamam a raça de Red Sindhi, expressão que veio a ser adotada pelos zootecnistas da F.A.O., Ralph Phillips e N. R. Joshi.
            No Brasil, apesar de algumas citações ao termo Red Sindhi e a exemplo do já aconteceu com outros zebuínos aqui adaptados, o Sindi já se firmou entre criadores, técnicos e admiradores da raça.
De acordo com os estudos de Olver, Ware, e Phillips, revistos e completados por Joshi, e Phillips, a raça Sindi está enquadrada no Grupo III ou terceiro tipo básico de gado indiano. O gado do Grupo III é de constituição pesada, atarracado, com barbela ampla e umbigo pendente, fronte convexa, chifres de inserção lateral ou saindo para trás, e encurvados. A pelagem predominante é a vermelha e suas variantes, amarela ou parda, sendo freqüentemente os animais malhados ou pintados.
            O gado Sindi, embora represente um tronco puro, assemelha-se ao Gir do oeste da Índia, ao Sahiwal do Pundjab e ao gado vermelho do Afeganistão. Devido aos deslocamentos das tribos nômades de criadores, sofreram, em algumas regiões, cruzamentos com o Gir.
A raça Sindi é originaria da região chamada de Kohistan, na parte norte da província de Sind, no atual Paquistão. A maioria dos autores incide em um erro quando diz ter a raça sua origem da zona de Karachi e Hyderabad. Nessas áreas e na margem esquerda do rio Hindus é encontrado grande número de animais em alta produção de leite, o que tornou a raça conhecida e apreciada, mas esses exemplares são importados dos distritos do Kohistan.
            A variedade Las Belas, talvez a mais pura linhagem da raça, é encontrada no estado do mesmo nome, no Beluchistão, sendo muito semelhante ao gado vermelho do Afeganistão do qual, na opinião de Olver, deriva o Sindi. Devido, porem, a extensão territorial do rebanho Sindi, pode-se observar uma certa variedade de tipos, fora da sua zona de origem, e, por essa razão,quando se trata da escolha de reprodutores puros, há tendência de ir buscá-los em Las Belas.
            A região de origem do Sindi é plana e baixa no sul, mas montanhosa no norte e a oeste, com altitudes de 900 a 1.300 metros. A zona de Kohistan se estende por grandes vales situados entre cordilheiras que se prolongam em direção norte-sul. O solo varia, predominando os pedregosos e os arenosos. As culturas dependem dos mananciais das montanhas. Estas estão geralmente desprovidas de vegetação e sua composição é em grande parte de pedra calcárea.
            O clima da região do Sindi é tipicamente semi-árido, com precipitações anuais variando de 250 a 300 milímetros, com chuvas concentradas entre julho e outubro e raras nos demais meses. As temperaturas da região variam bastante; máxima absoluta de 46 a 48°C e mínima absoluta de 1,6° a 4,5°C.
As culturas da região dependem do solo e das facilidades de irrigação, sendo as principais o arroz, sorgo, leguminosas, trevos, trigo, linho e algodão. A palhada destas culturas constituem a maior parte da alimentação do gado e praticamente não há campos ou pastagens artificiais por causa dos rigores do clima e da baixa fertilidade dos solos.
Devido à escassez de chuvas e ao fato destas se concentrarem em três meses, é curto o período de crescimento das forrageiras, encontradas em pequena quantidade e unicamente de agosto a outubro. As espécies de gramíneas mais comuns são Eleusine flagellifera, Cynodon dactylon e Paspalum sanguinale. Há outras variedades de gramíneas que se tornam rapidamente duras, ásperas e lenhosas; costuma-se segar o excedente de forragens, mas elas não resultam palatáveis nem nutritivas.
Como se vê, o Sindi foi forjado nas duras condições dos pré-desertos asiáticos, o que conferiu a esta nobre raça rusticidade de sobra para se adaptar as condições climáticas de todas as regiões tropicais do planeta e nelas produzir – faça chuva ou faça sol.

Paisagem típica do Koistan - berço da raça Sindi.